Caso você esteja buscando uma recolocação no mercado de trabalho, ou encarou um processo seletivo há pouco tempo, seguramente vai concordar comigo que procurar um novo emprego pode ser uma das experiências mais desafiadoras que existem, correto? A incerteza em relação ao futuro, a pressão financeira e a autoconfiança em xeque podem facilmente levar à dúvida, ao estresse e, por tabela, à ansiedade.
Enfrentar um processo de seleção é estar diante de uma situação nova, em que não há muito controle e não se sabe ao certo o que vai acontecer. Significa lidar com algo desconhecido. E o desconhecido, convenhamos, assusta.
No entanto, manter a calma e a confiança durante o processo de recolocação profissional é imprescindível para obter sucesso.
A primeira coisa a se lembrar é que a busca por um emprego é uma etapa comum na vida de qualquer pessoa. Todo mundo (ou, quase todo mundo) passa por isso em algum momento da vida. Muitas pessoas até acabam encontrando empregos melhores do que aqueles que deixaram ou foram forçadas a deixar para trás. Então, não há motivo algum para sentir vergonha ou desânimo. O mais importante é manter a autoestima, e, acima de tudo, continuar acreditando em si.
Como, Karine?
Explico: criando uma rotina saudável durante a busca por emprego. Ou seja: fazendo atividades que promovam o bem-estar, como praticar exercícios físicos, meditar ou passar um tempo de qualidade com a família ou os amigos. O descanso também é fundamental, pois ajuda a tranquilizar a mente e a reduzir o estresse.
Outra coisa importante é manter uma atitude positiva.
Mesmo que receba um retorno negativo de recrutadores, ou que pareça que a busca por um emprego nunca vai acabar, é essencial manter-se otimista e continuar batalhando por novas oportunidades.
Agora, vou abrir parênteses para contar um pouco sobre os bastidores dos processos seletivos:
Quando uma empresa inicia um processo de seleção para uma vaga de emprego, faz a triagem de currículos e realiza a primeira entrevista com os candidatos, os recrutadores a priori têm três objetivos: apresentar a empresa, dar mais detalhes da vaga, e, sobretudo, conhecer o perfil profissional de quem está participando do processo. Basicamente, eles querem inteirar-se sobre os candidatos e saber quais são as suas experiências, habilidades e expectativas.
À medida que o processo seletivo avança, as empresas costumam fazer uma série de alinhamentos internos. Sabe o que quer dizer? Que, antes de dar qualquer retorno aos candidatos, os recrutadores aguardam a posição de outros indivíduos. Internamente, eles avaliam o desempenho dos concorrentes ao longo das etapas, além das questões técnicas e comportamentais para chegar em quem melhor se adequa à vaga.
É por isso que, em muitos casos, as empresas demoram a dar um feedback. Quando o candidato é escolhido, a resposta vem. Caso contrário, não necessariamente.
Fecha parênteses.
Antes de mais nada, é válido lembrar que a busca por um emprego pode levar tempo. Por isso, é crucial ser paciente e perseverante. Enquanto aguarda uma resposta, é possível buscar cursos de capacitação ou fazer qualquer outra atividade. Elas podem ajudar a manter as habilidades atualizadas e a expandir a rede de QI, o bom e velho networking.
Por outro lado, é fundamental lembrar que o sucesso na busca por um emprego depende de inúmeros fatores, muitos dos quais não estão sob o nosso controle. Por isso, é importante não se culpar por coisas que não podem ser controladas ou mudadas. Me permite uma dica? Continue focando em suas metas e seus objetivos. Isso é o que importa.
Foi exatamente o que fez a analista financeiro Mirian Silva. A atendi recentemente no meu trabalho como consultora em recolocação profissional, e pedi que ela enviasse um depoimento contando como lidou com os processos seletivos:
“Ter uma mentoria no período fez toda a diferença para manter a disciplina e a confiança. Me senti apoiada e motivada para cumprir as atividades propostas durante a seleção para a vaga. Diria que foi essencial para alcançar a recolocação. Por outro lado, manter uma rotina, e cultivar um hobby, no meu caso costurar, ajudava muito a controlar a ansiedade. Me permitia produzir algo inédito e estar em movimento com as habilidades exigidas pelos recrutadores.”
Está claro que a Mirian fez o que precisava ser feito. Preciso dizer que ela conseguiu a vaga?
Você também vai conquistar a sua!
Recapitulando: mantenha a calma e a confiança, uma rotina saudável e uma atitude positiva. Seja paciente e perseverante. Lembre-se que o êxito depende de você, mas também de vários outros aspectos – por vezes incontroláveis. Com essas estratégias em mente, é possível enfrentar a busca por um emprego com mais confiança e tranquilidade.
Vai dar certo! Acredite.