Networking. Qual o significado deste termo inglês tão presente na língua portuguesa? Gramaticalmente, é uma justaposição entre as palavras “net” (rede) e “work” (trabalho). O sufixo “ing”, gerúndio, remete a ideia de ação. Ou seja: em tradução livre, networking significa “rede trabalhando.”
Representa conexão. E tem tudo a ver com recolocação profissional. A propósito: um levantamento da consultoria The Adler Group identificou que 85% das vagas de emprego são preenchidas por meio de indicações. Sim, uma rede de contatos relevante tem o poder de ajudar a conseguir um novo emprego.
Enviar um currículo aleatoriamente é menos efetivo do que ser apresentado a quem comanda ou tem influência no processo seletivo. Uma boa rede de contatos, ou seja, um bom networking, faz a diferença entre quem consegue se recolocar e aqueles que sofrem para serem chamados para entrevistas.
ndicado por alguém de confiança, o profissional ganha destaque em meio a outros. Não apenas se destaca, mas também fica sabendo da abertura de vagas antes mesmo de serem publicadas.
Retomando o título deste artigo: como usar o networking para conseguir emprego? Trago seis dicas e uma reflexão a seguir:
#1 – Foque: Quem “atira para todos os lados” quase sempre costuma errar. Concentrar esforços é menos desgastante e mais efetivo. Reflita sobre os seus próximos passos na carreira e se está trilhando o caminho na direção que almeja. Deixe bem claro para os outros e para si sobre quais são os motivos para buscar um determinado emprego e quais empresas deseja fazer parte;
#2 – Circule: Eventos, palestras, workshops, cursos, jantares e até “happy hours” podem ser a porta de entrada para você conhecer pessoas que poderão lhe indicar para uma vaga de emprego no futuro. Não se restrinja à sua área de atuação, pois nunca se sabe de onde a próxima oportunidade pode surgir;
#3 – Estude: Não é apenas as “hard skills”, ou seja, conhecimentos e aprendizados técnicos, que você adquire ao estudar. Fazer um MBA, por exemplo, conhecido por favorecer as oportunidades de crescimento na carreira, também incrementa o networking;
#4 – Conecte-se: Sabe o LinkedIn? Um dos propósitos da plataforma é favorecer o networking profissional. Expanda as suas conexões com gente que trabalha nas áreas que você almeja ingressar ou permanecer. Utilize a tecnologia para conhecer profissionais que podem lhe indicar futuramente;
#5 – Reconecte-se: Lembra daquelas pessoas com quem você alcançou a nota máxima no trabalho em equipe do MBA? E aquele seu amigo dos tempos de faculdade que você não vê há anos, mas sempre aparece no seu feed nas mídias sociais? Qual a última notícia que você teve do professor que orientou o seu TCC? Todas essas pessoas poderão contribuir para a sua jornada de conquistar um emprego. Que tal se reconectar a elas?;
#6 – Preserve-se: Não vá logo apresentando o seu currículo. É intimidador, constrangedor e, na maioria dos casos, só mostra afobação e ansiedade. Desenvolva a sua rede de contatos fazendo conexões genuínas. Conheça as pessoas antes de trazê-las para o seu currículo.
Indicações não funcionam apenas porque pessoas trocaram algumas palavras em um evento ou curtiram publicações no LinkedIn. Essas relações partem de princípios de confiança.
Fazer networking exige dedicação e sinceridade. Um detalhe importante que sempre é preciso reforçar: networking é uma via de mão dupla.
Para manter a sua rede sempre ativa, procure avaliar como você pode ser útil para alguém. Não procure as pessoas apenas quando precisar de um emprego ou para resolver os seus problemas. Ofereça ajuda. Desta forma, você mantém uma relação de fidelidade, constrói conexões fortes e dá abertura para que mais oportunidades boas cheguem até você.