A busca por um novo emprego é uma jornada muito particular para cada pessoa, mas existem alguns pontos que se assemelham, pelo menos para os recrutadores. Quando você vai encarar uma mudança, seja motivada por uma demissão ou por vontade própria, deve entender a importância do preparo para viver este processo.
O recrutador é alguém capacitado para identificar se você realmente é o profissional adequado para aquela oportunidade. Saber demonstrar que pesquisou sobre a empresa, se tem domínio das habilidades para o cargo ou se o seu perfil se alinha com a cultura organizacional em questão, é fundamental. Ou até, se você está mentindo. Reconhecer previamente que determinada empresa não combina com você, por exemplo, já poupa o seu tempo (e do recrutador) nessa jornada.
É inevitável que algumas perguntas se repitam durante as entrevistas de emprego, mas isso não quer dizer que você precisa responder superficialmente. Pode ser o recrutador te dando uma chance de responder de uma maneira melhor. Um recrutador não quer apenas ouvir que você é perfeccionista demais quando questionar o seu maior defeito, e nem que isso também pode ser uma qualidade. Imagine quantas vezes ele já ouviu isso até hoje! O que se espera é uma análise mais profunda da sua trajetória profissional, um olhar construtivo, porém sem vitimismo.
Além de analisar as suas respostas, um recrutador irá avaliar o seu comportamento e mentalidade, especialmente se está alinhado a cultura da empresa. A maneira como você responde as perguntas, que se comunica é observado. O recrutador tem uma escuta ativa apurada, muitas vezes, avaliando além das palavras. O vocabulário é outro ponto: o entrevistador não espera um domínio perfeito do português formal, mas não irá se tornar mais simpático(a) por você arriscar uma comunicação informal.
Estamos falando da entrevista, mas não se esqueça de que há uma etapa anterior: a avaliação do seu currículo. Agora, imagine que recrutadores recebem dezenas ou centenas de currículos diariamente: o que você não deve fazer? Enviar currículos com erros de português, sem informações de contato atualizadas e até mesmo com um layout que dificulte a leitura. Não pense que o recrutador vai dar a devida atenção ao seu currículo com um texto confuso e sem a estruturação correta das informações.
Aliás, aquela ideia de que currículos precisam ter no máximo 2 páginas, também não faz sentido. Você precisa demonstrar a sua habilidade de síntese e objetividade, iniciando pela sua apresentação básica, que é o currículo. E também incluir os seus projetos e conquistas, para demonstrar os seus diferenciais.
Na hora da entrevista, não diga apenas que você é bom solucionador de problemas: dê exemplos. Não afirme que gostaria de trabalhar na empresa: justifique. Dê motivos práticos, realistas, para que o recrutador veja em você uma pessoa preparada e proativa.
Os recrutadores buscam pessoas motivadas, com brilhos nos olhos e não apenas robôs. A entrevista trata-se de uma interação entre pelo menos duas pessoas, por isso você pode (e deve) falar e questionar quando for a sua hora. É uma via de mão dupla.
Talvez você esteja falhando nesse processo porque não conhece de maneira profunda as etapas dele. Desde a elaboração do seu currículo até à entrevista, há muitas técnicas que podem ser aplicadas para dominar melhor esse universo do acirrado mercado de trabalho. É por isso que toda ajuda e direcionamento para você focar nesse processo da maneira correta se torna essencial, pois é o que vai diminuir o seu tempo até conquistar uma vaga, poupando também a sua energia.
E agora, se você não tem intenção de mudar de emprego no final do processo, pense bem se vale a pena dedicar o seu tempo e dos outros envolvidos, participar de entrevistas, para declinar a proposta no final de tudo.
Não existem “segredos”, mas há alguns erros que podem ser evitados com a orientação certa. Provavelmente, é isto que vai diferenciar você de outros candidatos: a preparação efetiva e eficaz, que é exatamente o que um recrutador espera encontrar.