A velocidade do mundo não é mais a mesma de 30 anos atrás. Na verdade, há 10 anos não existiam algumas das tecnologias que usamos hoje. O PIX foi criado há menos de 4 anos. O mercado de trabalho não foge dessa característica que exige cada vez mais velocidade, agilidade e, sobretudo, adaptação às novas realidades.
Muitos especialistas em futuro do trabalho estão utilizando o termo reskilling para definir a importância de profissionais e empresas/organizações serem capazes de se preparar e adaptar habilidades e conhecimentos aos novos contextos que surgem ao mesmo tempo.
Quem não souber fazer o reskilling, não terá espaço.
Há poucas semanas, acompanhei o Share Conference 2024 – A Potência da Ação, em Campinas.
Em uma das palestras, foi abordado sobre os dados do Fórum Econômico Mundial, que até 2025, 50% dos profissionais vão precisar em breve de reskilling.
A lista com as 10 habilidades que os profissionais devem ter para 2025:
- Pensamento analítico;
- Aprendizagem ativa e estratégica;
- Resolução de problemas complexos;
- Pensamento e análise crítica;
- Criatividade, originalidade e iniciativa;
- Liderança e influência social;
- Uso, monitoramento e controle de tecnologias;
- Design e implementação de tecnologias;
- Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
- Raciocínio, resolução de problemas e ideação.
Notamos que o mercado não precisa apenas de pessoas excepcionais tecnicamente em suas áreas, mas daqueles que sabem aprender ao longo do tempo, que se adaptam suas e estão em constante mudança – assim como o próprio mercado.
Ao invés de pensar sobre qual MBA fazer, que tal refletir sobre outros tipos de competências que podem ser trabalhadas? Antes de qualquer curso, você tem que conhecer o que o mercado precisa e de que forma você poderá se encaixar.
Desenvolver-se como profissional não é – e nem deve ser – um processo fixo. Não existe um ponto em que se aprendeu tudo, pelo menos não mais hoje em dia. Se há 60 anos alguém aprendia uma profissão e as inovações demoravam décadas para trazer novas tecnologias ou modos de trabalho, hoje isso acontece em 12 meses ou menos. Você está preparado?
A empregabilidade será maior para aqueles capazes de lidar com o novo e de pensar de forma crítica, principalmente para resolver problemas. Ao se adaptar, você ganha mais chances em meio às necessidades emergentes do mercado.
Não estou falando apenas sobre acompanhar tendências e saber do que estão falando na área. Isso não é mais suficiente. Agora, o que você precisa é se incluir nas mudanças, andar lado a lado com elas, escolher quais valem a pena para se adaptar e agregar a isso para se tornar um profissional melhor.
Imagine um engenheiro que hoje se recusa a usar a inteligência artificial na indústria automobilística. Provavelmente, ele perderá espaço. Da mesma forma, gestores que não sabem resolver problemas complexos de forma analítica com embasamento em dados também vão ficar ultrapassados.
As máquinas serão capazes de fazer cada vez mais tarefas, é verdade. Também por isso, o mercado exige profissionais ainda mais críticos, pensantes, criativos, capazes de fazer aquilo que ninguém pensou antes. Ou, pelo menos, que saibam colocar algo desse tipo em prática.
Você não precisa entender sobre tudo e nem todas as novidades, mas deve ser capaz de identificar aquilo que fará a diferença na sua carreira, visualizar as oportunidades e traçar o seu desenvolvimento nesse caminho. Ser criativo e analítico, como o mercado exige. Assim, você estará se preparando não somente para os desafios, mas também para o futuro do trabalho.