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A ‘Roda da Vida’ e os 5 pontos essenciais para uma gestão de carreira mais assertiva

Karine Camuci

Avaliar o grau de satisfação em relação à própria vida para descobrir quais áreas estão sendo negligenciadas, com o propósito de alcançar um equilíbrio entre todas elas. Esse é o objetivo da “Roda da Vida”, uma das ferramentas mais utilizadas em processos nos quais se busca melhorar o desempenho individual e profissional para alcançar metas e concretizar objetivos.

A “Roda da Vida” consiste num círculo dividido em doze partes iguais, agrupadas em quatro conjuntos de três partes cada. Esses grupos representam os principais setores da vida, como: pessoal, profissional e relacionamentos, por exemplo.

Um aspecto interessante da “Roda da Vida” é que há uma união entre todas as partes. Exemplo: ao identificar que a área “Vida Social” foi a que teve a menor avaliação e decidir trabalhar nela, por meio da sinergia, essa área vai impactar em todas as outras, influenciando o resultado delas.

Disclaimer: independente do resultado obtido na “Roda da Vida” e/ou na área selecionada para trabalhar, ela trará benefícios para o desenvolvimento profissional como um todo. É uma ferramenta que pode (e deve) ser utilizada para identificar pontos fortes e setores que precisam de desenvolvimento, a fim de fazer uma gestão de carreira mais assertiva.

Autogestão, nessa hora, é crucial. Os profissionais que esperam que as empresas administrem as suas carreiras, que decidam os seus caminhos, já ficaram para trás. Cada vez mais, as organizações buscam pessoas com autonomia e habilidade para se autogerenciar, e isso se aplica também à própria vida profissional. É fundamental assumir o protagonismo, estabelecer objetivos claros para o curto e para o longo prazo, e ter uma visão clara do que é necessário para alcançar todas essas metas.

No meu trabalho como consultora de carreiras, noto que as mudanças estão se tornando cada vez mais frequentes. Percebo que as escolhas feitas no início da vida profissional nem sempre levam a caminhos óbvios à medida que a carreira vai se desenvolvendo. Significa que é preciso se tornar mais versátil.

Assim, a necessidade de desenvolver competências que normalmente não são ensinadas na graduação ou na pós-graduação está se tornando cada vez mais urgente. É essencial estar atento às tendências do mercado e acompanhar os novos caminhos que surgem a todo momento.

Muita gente tem o desejo de mudar de carreira, mas não sabe como e nem por onde começar. Antes de tudo, é necessário estabelecer um plano; saber onde se quer chegar. É fundamental ampliar os horizontes, estudar os setores que mais despertam interesse e considerar as melhores empresas do segmento, conversando com profissionais que já atuam na área desejada.

Caso seja o seu caso, caso você esteja entre as pessoas que desejam fazer uma mudança de carreira, afirmo que é importante criar um planejamento sólido para um movimento dessa magnitude.

Nesse sentido, separei 5 dicas essenciais que podem ajudar você a fazer uma gestão mais assertiva da sua carreira:

#1 – Aprenda continuamente: o conceito de aprendizado ao longo da vida, lifelong learning em inglês, mostra que sempre estamos aprendendo. Sendo assim, procure desenvolver novas habilidades relacionadas à carreira que você almeja. Existem diversas plataformas que oferecem cursos muito bons, alguns inclusive gratuitos, sobre temas dos mais diversos. Estabeleça um plano de competências que gostaria de desenvolver, alinhado à carreira que deseja seguir, e pesquise os assuntos relacionados. Tenha disciplina para estudar e crie um cronograma para concluir essas formações no tempo que estabelecer.

#2 – Defina opções: para uma gestão de carreira assertiva é importantíssimo ter clareza se a escolha aponta para uma atuação generalista ou mais especializada (a chamada carreira em Y, por exemplo, com um foco mais técnico). Essa definição é crucial para traçar o seu plano de desenvolvimento.

#3 – Informe-se: mantenha a curiosidade sempre na mais alta conta, amplie o seu repertório e expanda o seu conhecimento. Cultive o hábito de ler regularmente e se informe sobre os principais acontecimentos, bem como sobre as novas tecnologias e inovações contínuas.

#4 – Crie conexões: construa conexões significativas e amplie a sua rede de contatos. As mídias sociais estão aí para isso, permitindo que nos conectemos a pessoas que podem agregar conhecimento às nossas vidas e viabilizar novas oportunidades para as nossas carreiras. Plataformas como o LinkedIn, por exemplo, dão a chance de conectar-se com pessoas de diversos setores, segmentos e nichos de atuação. Meu conselho: construa uma rede de contatos abrangente, cultive relacionamentos de qualidade e procure trocar experiências com as pessoas. Peça, mas também retribua.

#5 – Seja relevante: participe de espaços físicos ou online de debates sobre temas que lhe interessem. Cada vez mais as empresas estão observando o comportamento dos profissionais nesses ambientes, sobretudo no online. Por isso, é importante construir uma boa imagem, uma presença digital relevante. Compartilhe conhecimento sobre os temas que domina e crie conteúdos relevantes para engajar as pessoas nas suas postagens. Fortalecer a sua presença online.

Ao fazer o exercício da “Roda da Vida”, é essencial que você seja sincero consigo. O primeiro passo para evoluir, seja na vida ou na carreira, é compreender quais aspectos precisam ser melhorados. O processo deve ser encarado como um sinalizador das melhorias que precisam ser feitas. A “Roda da Vida” é uma ferramenta de autoconhecimento, mas, sobretudo, de planejamento do futuro.

Siga em frente!

Como diz o poeta: o tempo não para.

Karine Camuci é consultora de carreiras e fundadora da Você Empregado, consultoria especializada em recolocação profissional e desenvolvimento de carreiras.

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